Adoro ouvir histórias de mulheres de sucesso. Para nós, o caminho costuma ser mais desafiador: temos muito mais responsabilidades para equilibrar, sofremos preconceitos e discriminações em vários sentidos. É por isso que, quando conheço a trajetória de uma mulher que realmente conquistou o topo, sinto uma alegria genuína. É como se fosse uma vitória para todas nós, uma realização em equipa, sabes?

O livro “Faça Acontecer” de Sheryl Sandberg fez um grande sucesso nos EUA quando foi lançado, e a leitura é indispensável. Nele, Sheryl narra sua trajetória de uma forma muito humana, e conta situações e momentos da própria carreira para ilustrar e trazer temas como representatividade feminina, maternidade e igualdade de género à tona.

Sheryl escreveu o livro com o propósito de compartilhar a sua experiência pessoal — e profissional, e também oferecer insights sobre como conquistou um dos cargos de maior destaque em uma das maiores empresas do mundo. O seu objetivo é inspirar e apoiar outras mulheres que desejam trilhar um caminho até o topo, se assim desejarem.

 

Precisamos falar sobre isso, Femy

Falar sobre a desigualdade de género não é uma tarefa fácil, no entanto, precisamos. A busca por equilíbrio entre homens e mulheres em todos os âmbitos, seja no trabalho, na política ou em casa, é uma necessidade real. Desde a infância, muitas vezes somos condicionadas a acreditar que às nossas capacidades são limitadas, e, quando conseguimos superar essas barreiras, somos suscetíveis a ser alvo de rótulos e à sermos enquadradas em estereótipos.

Sheryl Sandberg traz em seu livro uma situação na qual crianças foram questionadas sobre o que queriam ser quando crescer, vários meninos queriam ser presidentes. Nenhuma menina manifestou também querer. Isso fez-me refletir demais sobre o quanto a representatividade importa para que possamos inspirar as gerações mais novas a sonharem com patamares mais altos.

Apesar desse cenário, as mulheres estão a demonstrar a cada dia mais um interesse genuíno em entrar no mundo do trabalho e alcançar posições de liderança. A autora argumenta que essa é uma característica inerente a nós, a vontade natural de liderar, mas muitas vezes, por inúmeras razões, nos deixamos levar pelo medo. Desde pequenas, fomos criadas para sermos educadas, falar em voz baixa e obedecer, e tudo isso não combina muito com a ideia de ocupar cargos de liderança.

A ambição profissional é algo esperado para homens, mas opcional — ou pior, as vezes até algo negativo — para as mulheres, “Ela é muito ambiciosa” não é um elogio na nossa cultura. (…) Os homens são constantemente aplaudidos por serem ambiciosos, poderosos, bem-sucedidos, ao passo que as mulheres com as mesmas características costumam pagar um preço social por isso. As realizações femininas custam caro.”

No livro, Sheryl enfatiza que não há justificativa para julgar uma mulher que, por escolha própria, opta por dedicar-se ao lar em vez de perseguir uma carreira profissional. No entanto, para mulheres como ela, que não se sentem particularmente entusiasmadas com essa perspectiva, há uma alternativa, e é para essas mulheres que o livro foi dedicado.

A leitura trouxe-me várias mudanças de pensamento (para melhor, é claro!) e também várias verdades duras mas necessárias de serem encaradas. Muito do conteúdo do livro está nesse TED Talk. Se ainda não viste, recomendo demais!

 

Outros insights que valem a pena.

Gostei tanto da leitura que gostaria que todas as mulheres lessem esse livro também e, para atingir esse objetivo, divido com vocês alguns pontos que me marcaram e que valem super a reflexão. 🙂

  • “As mulheres precisam parar de pensar ‘Não estou preparada para fazer isso’ e passar a pensar ‘Quero fazer isso — e vou aprender fazendo‘.
  • “Mulheres são consideradas sortudas quando têm sucesso quando para o homens o sucesso é questão de talento inato.”
  • “Achava que ser profissional significava ser organizada, concentrada e manter a minha vida pessoal à parte. (…) Deixei de achar que as pessoas têm uma identidade profissional de segunda a sexta e uma identidade real no restante do tempo. (…) Em vez de assumir uma ‘persona só de trabalho’ penso que é benéfico expressar a nossa verdade, falar de situações pessoais e reconhecer que as decisões profissionais são muitas vezes motivadas por questões emocionais”.
  • “A chave da felicidade é estabelecer metas possíveis. Em vez da perfeição, deveríamos aspirar à realização“.

Acredito que a leitura deste livro seja fundamental para expandir a nossa visão sobre o espaço que podemos conquistar e para desafiar as crenças limitantes que, às vezes, nós mesmas cultivamos. Recomendo a leitura para todas as mulheres ambiciosas, persistentes, que querem mudar o mundo.

Femy, tens um poder dentro de ti e és digna de receber toda a prosperidade e sucesso do universo. Espero que o conteúdo de hoje tenha sido útil e enriquecedor para a tua jornada.

Vemo-nos no próximo post 💗

Com o carinho de sempre,

Tua Femy Ny.

Deixe um comentário