Tenho a certeza de que estás em uma destas duas situações: ou ainda não começaste o teu projeto pessoal por achar que não estás pronta, ou superaste esse medo e enfrentaste o desafio de frente.

Eu sei por experiência própria o quanto é difícil arriscar e criar algo completamente novo, principalmente quando se trata de um projeto pessoal. Muitas vezes, encontramos obstáculos ao tentar mostrar o nosso trabalho ao mundo e dar vida às nossas ideias.

Recentemente, terminei de ler o livro “Mostra o teu trabalho”, e o autor trouxe-me insights incríveis que fazem muito sentido para quem ainda enfrenta dificuldades em começar ou mostrar os seus talentos para o mundo. Basicamente, o livro é um guia para pessoas que não são muito boas em se promover, e ele aponta para uma nova abordagem: compartilhar. E agora, eu compartilho com vocês alguns pontos que destaquei enquanto lia. 😉

 

Tu não encontrarás a tua voz se não a usares.

Austin Kleon, o autor do livro, lembra-nos que compartilhar o processo, mesmo que seja desordenado e imperfeito no início, é uma forma de encontrar a nossa voz e nos conectarmos com pessoas que pensam como nós.

 

O óbvio precisa ser dito.

Quem trabalha por conta própria gosta de repetir a frase “o meu trabalho basta por si próprio”, mas a verdade é que nosso trabalho não fala por si mesmo. As pessoas têm curiosidade em saber a origem das coisas, o processo por trás delas e as pessoas por trás da criação.💡

Contar a história e mostrar quem somos é o que realmente dá vida e significado ao que fazemos. Não é apenas sobre o que entregamos; trata-se também da jornada que percorremos para chegar lá, e é isso que nos aproxima das pessoas.

 

Se quisermos ser encontradas, precisamos ser encontráveis.

Não se trata apenas de autopromoção, mas de seres encontrada mostrando o teu trabalho e sendo visível. Mantém uma presença consistente e previsível. Posta regularmente, mas não sobrecarregues as pessoas. A regularidade ajuda a manter o teu trabalho na mente das pessoas e permite que as pessoas te descubram de forma espontânea.

 

 

Compartilha um pouco todos os dias.

A mensagem é: torna-te uma documentarista do que fazes. Diariamente, tira um momento após o trabalho e encontra algo no teu processo que possas dividir.

Ao manteres um registo escrito, gravar nossas reflexões e capturar momentos visuais, capturamos momentos que, de outra forma, poderiam passar despercebidos.

 

Pensa no processo, e não apenas no produto.

Todo projeto tem um processo para chegar no resultado final, certo? No livro, Kleon incentiva-nos a mostrar este “making of”, antes mesmo de ter o produto pronto. É isso é o que as pessoas mais gostam, fazer parte da construção e entender os bastidores para poderem se inspirar e fazerem parte do processo.

Considera isso: tu não precisas só de criar conteúdo sobre o produto final, mas também podes mostrar como as ideias surgem e como estás a transformar tudo em realidade.

Pensa em incluir a tua audiência nas decisões. Por exemplo, coisas que normalmente decidirias sozinha, como escolher um item para o teu próximo lançamento ou selecionar um brinde para enviar nos pedidos. 😉

 

+ Bónus: Uma nota pessoal.

Não deixar no anonimato o nosso esforço e nosso trabalho. Essa é uma das frases de Austin Kleon no livro. Nos últimos meses a Femperyal passou por muito mais situações do que pude contar. Um milhão de e-mails, muitos cliques no botão “publicar”, v1, v2, v3, vFinal de muitos vídeos, rascunhos, materiais, brindes.

E mais um monte de bastidores que raramente mostramos — pois nem sempre são esteticamente agradáveis. Por que estou a mencionar isso? Porque o processo, na maioria das vezes, será uma verdadeira ‘bagunça’ mesmo, Femy.

Muito do incentivo de Austin para que compartilhemos os nossos processos, mesmo que seja desordenado e imperfeito no início, é uma forma de encontrar a nossa voz e nos conectarmos com pessoas que pensam como nós. É muito sobre humanizar, sobre mostrar que existe um ser humano por trás da marca.

Simplificando, se as pessoas não conhecem a tua história, como irão dar valor a ela?

Para isso, precisamos aprender a criar boas narrativas. E, sem querer dar spoilers, recomendo que fiques atenta ao próximo post! 😉

Torço para que possas superar todos os obstáculos e colocar o teu projeto no mundo. Não te limites, começa com o que tens disponível enquanto melhoras no caminho. Se tu não sentes vergonha de quem foste, provavelmente não evoluíste. Pensa nisso e procura crescer gradativamente na direção dos teus objetivos.

Espero que gostes da indicação de hoje, “Mostra o teu trabalho” é um livro indispensável que leva-nos a entender que cada pequeno avanço importa e que, muitas vezes, a jornada é tão importante quanto o destino.

E como sempre, vemo-nos em breve com mais conteúdos enriquecedores.

Com carinho, tua Femy Ny 💋

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