Femys, já ouviram falar de Presidente Designado (o Designated Survivor da Netflix)? A premissa inicial é emocionante: num ataque ao Capitólio, o Presidente e toda a linha sucessória são eliminados, sobrando apenas Tom Kirkman – um secretário inesperado que assume a presidência da noite para o dia. Imaginem o choque! De empresária madura e preocupada com o teu negócio, é como de repente teres de gerir um país inteiro. O que nós gostamos nesta série não é só a ação, mas sim todas as lições de gestão e liderança que o Kirkman nos dá – e que se aplicam mesmo no nosso dia a dia de empreendedoras.

No fundo, Kirkman aprende na marra a ser líder sob pressão extrema. Tem de tomar decisões muito difíceis em segundos – coisas que nenhuma escola de negócios ensina. Como diz o próprio texto da série, ele prova que consegue “tomar as melhores decisões, mesmo sob intensa pressão”. Em cada episódio vemos ele ouvir os assessores, pesar opções a correr, e ainda assim manter a cabeça fria.

Para nós, que gerimos negócios e equipas, é um lembrete: sob stress a criatividade aparece. Ele mostra que, quando apertados, podemos surpreender com soluções inovadoras e imparciais.

  • Liderança sob pressão: Kirkman é colocado à prova desde o primeiro momento. O ataque ao Capitólio deixou-o sozinho no comando, e ele lida com crises seguidas (terrorismo, tensão internacional, problemas internos) dando decisões firmes. Vemos que não existe situação ideal, às vezes há que meter pressão, tirar os saltos e calçar os ténis para resolver o jogo. Isto lembra-nos que, tal como ele, temos de ser rápidas a reagir e estrategistas, mesmo quando parece que tudo está a cair.
  • Autocontrolo emocional: Mesmo sendo homem, Kirkman não é de ferro. A série mostra até que ponto somos humanas: ele passa por momentos pessoais muito difíceis (como a morte da mulher) e chega a perder o controlo emocional. Mas, em vez de se esconder atrás disso, ele leva o caso a julgamento e, com a lealdade da sua equipa, mostra que até um líder pode ter falhas e ainda assim ser grande. É uma lição de vulnerabilidade na liderança: lidar com os nossos traumas com honestidade é tão importante como gerir crises externas. Isso encoraja-nos a não ignorar o que sentimos, mas a usar isso para crescer.
  • Ética e integridade: Kirkman não faz trapaças para subir. Pelo contrário, prioriza sempre fazer o certo, não o fácil. A série destaca que, mesmo cercado de políticos astutos, ele recusa atalhos: resiste a retaliações imediatas, encara adversários cara-a-cara e segue a sua “bússola moral”. Isso inspira às nossas próprias decisões no trabalho: mostrar honestidade e transparência atrai confiança da equipa e do público. Como aprendemos lá, a verdadeira liderança é ter poder para o bem e usar esse poder com responsabilidade.
  • Comunicação e empatia: Kiefer Sutherland (Tom Kirkman) não carrega aura de super herói, mas sim de professor justo e isso transparece na sua comunicação não-verbal. Ele sorri quando deve e mostra preocupação sincera. A série reforça a inteligência emocional: o Presidente Kirkman percebe a natureza humana e importa-se genuinamente com as pessoas à sua volta. Consola viúvas, ouve cidadãos desiludidos, motiva a equipa… tudo isso sem perder o foco do objetivo maior. Na prática, é um lembrete valioso: saber falar em público ou fechar negócio é importante, mas ouvir, compreender e olhar nos olhos do outro faz toda a diferença. Essa empatia constrói pontes e no fim, une a equipa.
  • Lealdade e trabalho em equipa: Ao contrário do que muitos adversários esperavam, Kirkman cativa quem o rodeia. A própria série diz que “lealdade é consequência da liderança”. Vemos que a sua equipa o defende em tribunal e fora dele, porque ele investe nelas: escuta ideias, confia competências e faz questão de valorizar cada uma. Para qualquer empreendedora, fica claro: montar um time forte e unido (e não fingido) é metade da batalha. Quando lideramos com visão e respeito, elas seguem-nos nas horas difíceis – como vimos ao longo dos julgamentos e desafios políticos do Kirkman.
  • Lidar com críticos e concorrência: Num mundo de decisões públicas, há sempre aqueles que querem derrubar-te. Kirkman enfrenta um núcleo de haters políticos, desde chefes militares que não o querem como comandante até opositores na imprensa. O que nos salta à vista é a postura firme dele: não entra em discussões inflamadas nem rebaixa ninguém nas redes sociais. Em vez disso, mantém o decoro, fundamenta as suas opiniões e deixa os haters falarem sozinhos. Assim como ele, aprendemos a não perder tempo com acusações vazias nem com invejosas; o silêncio estratégico e a consistência nos atos falam mais alto do que xingamentos.

Em resumo, Presidente Designado é mais do que um drama político: é um case study disfarçado de entretenimento. Cada episódio é um workshop sobre autoconfiança, resiliência e empatia, mostrado de forma realista. Como empreendedoras, podemos rever o Tom Kirkman sempre que precisarmos de um lembrete de como manter a calma quando tudo explode, de fazer a coisa certa mesmo sem aplausos e de confiar na nossa equipe. A série prova que liderança não é glamour: é trabalho duro – e por isso vale a pena assistir.

Mini-guia de dicas práticas para líderes (as nossas Femys)

  1. Respira fundo nas crises. Tal como Kirkman passou das crises consecutivas no gabinete, aprende a respirar fundo antes de reagir. Em situações de stress, para e pensa rápido: qual é o objetivo real? Mantém a calma e resolve um passo de cada vez. Lembra-te de exemplos do seriado em que, mesmo depois do caos inicial, ele focou nas soluções e não no problema.
  2. Foca-te no que importa. Decide sempre com base nos teus valores e no benefício do coletivo. Se tiveres opções que seguem o teu propósito e opções fáceis, escolhe o propósito. Isso constrói reputação a longo prazo. Mesmo quando outr@s esperavam que Kirkman mandasse bombardeios por impulso, ele pensou nas consequências reais. Pensa assim nos teus negócios: a opção ética pode demorar mais, mas vai valer a pena.
  3. Comunicação clara e empática. Investiga nos detalhes e depois fala de forma simples. Treina escutar ativamente (sem interrupções), como ele faz quando reúne a equipa ou trata de crises pessoais. O teu olhar, o tom de voz e o gesto comunicam tanto quanto as palavras – por isso sorri quando necessário, franze a testa quando pedires empenho. Ser transparente e mostrar que te importas com cada pessoa (cliente, colega, sócio) fortalece a confiança.
  4. Constrói uma equipa de confiança. Escolhe pessoas competentes mas, acima de tudo, leais às tuas ideias e valores. Fornece-lhes autonomia e ouve as sugestões delas – isso faz com que trabalhem com brilho nos olhos. No seriado, Kirkman foi bem-sucedido porque ouvia sua chefe de gabinete e conselhos de imprensa; aprendeu que uma boa líder não é um monólogo, mas um diálogo constante.
  5. Mantém a postura perante críticas. Vai haver sempre gente a questionar. Aprender a receber críticas construtivas e a filtrar o resto é superpoder. Não entres em polémicas desnecessárias; no lugar disso, deixa que as tuas ações resolvam. Se um concorrente ou seguidora chateada surgir, responde de forma educada e firme, sem perder o respeito. Isso mostra força sem passar rabugice.

No fim, a maior lição é esta: a liderança de verdade acontece quando desprotegidas (sem protetor de mero) nos mostramos humanas, respeitáveis e com visão. ❤

Está aí um convite: vê a série Presidente Designado na Netflix (prometemos, sem revelar os spoilers! 😉) e depois volta aqui ao #FemperyalClub para partilhar as vossas impressões sobre liderança. Queremos saber: qual foi a lição que mais vos marcou? Trabalhar em equipa, ética ou aquele pit stop de emoções? Contem-nos tudo – juntas, inspiramo-nos e crescemos sempre!

Da Tua Verdadeira Lady Femperyal!

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